Autor: Edenilson Lopes de Meira
_A Invasão da Noite
Caminho na minha própria obscuridade e eu nem sabia, nunca vivi; desperdicei o meu tempo com sonhos mal vividos e lembranças mortas.
Tenho colhido os frutos secos do meu eu perdido e desgasto pela tempestade de mim. Se sorri, menti.
Escondi do mundo a verdadeira angústia da minha alegria e me transformei nesta farsa alegórica que desfilo pelas ruas.
Conheço cidades e pessoas sem conhecer a eu mesmo, passo pelas avenidas de mim sem observar os sinais, venho e vou na contra-mão do que me convém.
Quero a loucura para ser livre, quero a loucura para ser normal. Não quero mais fechar os olhos, pois quando os fecho tenho a impressão de que já estou morto.
Sinto o fim se apoderando de mim como uma mãe que abraça o filho ao nascer, sou a eternidade desses segundos que findam, sou o desespero da minha esperança.
Cavalgo nesta batalha de mim à procura de alguém que mereça ser salvo e não encontro; tudo o que vejo sou eu no espelho.
O sangue da minha loucura penetra as minhas correntes venais como uma droga, alucina-me com vida, mata a minha alma.
Despedalacem-se os elementos do meu ser e joguem-se as cinzas de mim aos ventos, pra que eu me componha novamente com a escuridão do universo; sem vida, sem ar.
Onde a única coisa que preenche o tudo; é o nada.
Tenho colhido os frutos secos do meu eu perdido e desgasto pela tempestade de mim. Se sorri, menti.
Escondi do mundo a verdadeira angústia da minha alegria e me transformei nesta farsa alegórica que desfilo pelas ruas.
Conheço cidades e pessoas sem conhecer a eu mesmo, passo pelas avenidas de mim sem observar os sinais, venho e vou na contra-mão do que me convém.
Quero a loucura para ser livre, quero a loucura para ser normal. Não quero mais fechar os olhos, pois quando os fecho tenho a impressão de que já estou morto.
Sinto o fim se apoderando de mim como uma mãe que abraça o filho ao nascer, sou a eternidade desses segundos que findam, sou o desespero da minha esperança.
Cavalgo nesta batalha de mim à procura de alguém que mereça ser salvo e não encontro; tudo o que vejo sou eu no espelho.
O sangue da minha loucura penetra as minhas correntes venais como uma droga, alucina-me com vida, mata a minha alma.
Despedalacem-se os elementos do meu ser e joguem-se as cinzas de mim aos ventos, pra que eu me componha novamente com a escuridão do universo; sem vida, sem ar.
Onde a única coisa que preenche o tudo; é o nada.