A Vida da Luz
__ Eu não
preciso do tempo, sou o desafio maroto
que o incomoda e que inconvenientemente
aparece em suas festas de fim de ano. Mas o
ano não existe pra mim, sou como o bebâdo da
festa, completamente situada na minha própria
presença, como se tudo e todos fossem meros
detalhes da minha idependência temporal.
Passo pela vida como as idéias, com a velocidade limite, sem medo, sem aceleração,
constante e certa. Sou a namorada do tempo e quando passo, ele pára.
Ilumino a noite boêmia e seus mistérios, apresento o dia à vida e junto ao sol irradio as
ondas que aquecem.
Na mitologia, tenho o meu nome atribuído aos Deuses e a minha força invisível trabalha
como a resultante dos seus divinos poderes. Eu não tenho definição, sou apenas o luxo
de mentes inquietantes que tentam me explicar; mas não tenho explicação, sou uma
dama em plena expressão.
Para o meu disfarce, sou onda e sou ponto; na verdade, vários pontos que se definem
pelo meu corpo. Para aqueles que tentam me decifrar, quando pensam que me
entenderam como ponto, passo a me mover como ondas e pronto, todo entendimento
precoce virou pranto.
Fui eu quem venceu as trevas do Genesis e mostrou o caminho à vida. Nas minhas
viagens intermináveis pelo universo, busco mostrar a face das estrelas mais distantes
para enfeitar o céu e dar inspiração aos poetas. Se uma forma é bonita, ela é dita ter
luz. Quando uma vida nasce, eu sou sempre a primeira a recebê-la e a segura-la nos
braços. Eu sou a beleza do fogo, sou essência, sou a voz do espírito.
Não tenho pretenções ou aspirações, pois sigo o meu caminho andando na passarela
sem fim, sou o infinito e tenho a geografía do universo em mim. Não sei cantar mas
estou nos olhos de quem admira o canto, me chamam de brilho e de encanto, sou a
esposa que acabou de se casar em branco.
Só existe uma coisa que eu gostaria de ter no entanto; não tenho o abraço pra me dar
descanso, pois vivo correndo no infinito deste rancho, vou da terra à extratosféra para
mostrar ao universo a beleza da esféra, volto pro sorriso da namorada ao jantar à
velas, estou na declaração de amor que ele fez pra ela.
Sou eu quem ilumina o céu noturno, mostro as estrelas piscando, a noite inteira
faceiras, e trazem ao poeta alegria e espanto. E embora eu sempre tenha que iluminar
de tudo, fico triste quando ilumino o absurdo, o anti-ético, o patético e o imundo, mas
a minha esperaça é que você acredite quando digo que quando se tem um abraço se tem
tudo; pois sou a criação mais bela e ja vivi de tudo, mas só me sinto viva mesmo
quando ilumino um pouco de amor nesse mundo.
que o incomoda e que inconvenientemente
aparece em suas festas de fim de ano. Mas o
ano não existe pra mim, sou como o bebâdo da
festa, completamente situada na minha própria
presença, como se tudo e todos fossem meros
detalhes da minha idependência temporal.
Passo pela vida como as idéias, com a velocidade limite, sem medo, sem aceleração,
constante e certa. Sou a namorada do tempo e quando passo, ele pára.
Ilumino a noite boêmia e seus mistérios, apresento o dia à vida e junto ao sol irradio as
ondas que aquecem.
Na mitologia, tenho o meu nome atribuído aos Deuses e a minha força invisível trabalha
como a resultante dos seus divinos poderes. Eu não tenho definição, sou apenas o luxo
de mentes inquietantes que tentam me explicar; mas não tenho explicação, sou uma
dama em plena expressão.
Para o meu disfarce, sou onda e sou ponto; na verdade, vários pontos que se definem
pelo meu corpo. Para aqueles que tentam me decifrar, quando pensam que me
entenderam como ponto, passo a me mover como ondas e pronto, todo entendimento
precoce virou pranto.
Fui eu quem venceu as trevas do Genesis e mostrou o caminho à vida. Nas minhas
viagens intermináveis pelo universo, busco mostrar a face das estrelas mais distantes
para enfeitar o céu e dar inspiração aos poetas. Se uma forma é bonita, ela é dita ter
luz. Quando uma vida nasce, eu sou sempre a primeira a recebê-la e a segura-la nos
braços. Eu sou a beleza do fogo, sou essência, sou a voz do espírito.
Não tenho pretenções ou aspirações, pois sigo o meu caminho andando na passarela
sem fim, sou o infinito e tenho a geografía do universo em mim. Não sei cantar mas
estou nos olhos de quem admira o canto, me chamam de brilho e de encanto, sou a
esposa que acabou de se casar em branco.
Só existe uma coisa que eu gostaria de ter no entanto; não tenho o abraço pra me dar
descanso, pois vivo correndo no infinito deste rancho, vou da terra à extratosféra para
mostrar ao universo a beleza da esféra, volto pro sorriso da namorada ao jantar à
velas, estou na declaração de amor que ele fez pra ela.
Sou eu quem ilumina o céu noturno, mostro as estrelas piscando, a noite inteira
faceiras, e trazem ao poeta alegria e espanto. E embora eu sempre tenha que iluminar
de tudo, fico triste quando ilumino o absurdo, o anti-ético, o patético e o imundo, mas
a minha esperaça é que você acredite quando digo que quando se tem um abraço se tem
tudo; pois sou a criação mais bela e ja vivi de tudo, mas só me sinto viva mesmo
quando ilumino um pouco de amor nesse mundo.