Autor: Edenilson Lopes de Meira
O Vampiro Banguela
As Aventuras do Drácula no Brasil
Trânsilvania, Sexta-Feira 13 de Abril de 2018
Caros leitores,
O meu nome de nascença é Vladimir Vladstock Sanguinário e nasci no dia 13 de Abril de 1813 na cidade da Trânsilvania na Romênia e hoje é meu aniversário. Venho por meio desta contar a minha história na tentativa de esclarecer alguns mal-entendidos. Toda a minha familia é de descendência draculana, meus pais eram vampiros respeitados na comunidade vampiresca por céculos. Temos um brasão que representa a nossa linhagem, cujas réplicas até hoje podem ser encontradas nas lojas de suvenir da cidade e lojas espalhadas pelo mundo.
Nos dias de hoje, produções famosas de filmagem e livros foram feitos para contar a nossa história, algumas coisas são apenas lendas criadas por superstições religiosas e outras são apenas mal-entendidos não explicados corretamente, os quais servem apenas para desonerar e mistificar a nossa familia.
Na familia Drácula, temos tradição, respeito e sempre procuramos ajudar uns aos outros em momentos difíceis. Falando em momentos difíceis, eu é que sei o quanto a vida tem me punido e sem motivo algum. Infelizmente, nasci deficiente e tenho apenas o dente da frente que só serve pra ser usado como abridor de garrafas mas não como chupador de pescoço.
Por causa deste defeito, na pré-escola, os outros monstros faziam graça comigo e me humilhavam contando piadas e gritando barbaridades ao meu respeito. Fiquei famoso muito cedo na comunidade monstresca, porém, era o tipo de fama inversa à que todos queremos, eu me sentia mal, deprimido e triste.
À medida que fomos crescendo, os meus problemas também cresceram com o tempo. Para minha sorte, quando eu tinha apenas 75 aninhos de idade e era apenas um adolescente em 1888, fiquei feliz em saber de uma grande invenção na América chamada “canudinho”. Desde então a minha admiração e curiosidade pelas Americas sempre foi muito forte e tenho usado esta invenção maravilhosa desde então para beber sangue todos os dias.
Por centenas de anos, tenho me interado de notícias ao redor do mundo mas sempre tive meus olhos fixados na América, principalmente a América do sul onde recentemente, de uns vinte anos pra cá, encontraram o meu bichinho de estimação e carinhosamente deram o nome de “chupa-cabra”.
Caros leitores,
O meu nome de nascença é Vladimir Vladstock Sanguinário e nasci no dia 13 de Abril de 1813 na cidade da Trânsilvania na Romênia e hoje é meu aniversário. Venho por meio desta contar a minha história na tentativa de esclarecer alguns mal-entendidos. Toda a minha familia é de descendência draculana, meus pais eram vampiros respeitados na comunidade vampiresca por céculos. Temos um brasão que representa a nossa linhagem, cujas réplicas até hoje podem ser encontradas nas lojas de suvenir da cidade e lojas espalhadas pelo mundo.
Nos dias de hoje, produções famosas de filmagem e livros foram feitos para contar a nossa história, algumas coisas são apenas lendas criadas por superstições religiosas e outras são apenas mal-entendidos não explicados corretamente, os quais servem apenas para desonerar e mistificar a nossa familia.
Na familia Drácula, temos tradição, respeito e sempre procuramos ajudar uns aos outros em momentos difíceis. Falando em momentos difíceis, eu é que sei o quanto a vida tem me punido e sem motivo algum. Infelizmente, nasci deficiente e tenho apenas o dente da frente que só serve pra ser usado como abridor de garrafas mas não como chupador de pescoço.
Por causa deste defeito, na pré-escola, os outros monstros faziam graça comigo e me humilhavam contando piadas e gritando barbaridades ao meu respeito. Fiquei famoso muito cedo na comunidade monstresca, porém, era o tipo de fama inversa à que todos queremos, eu me sentia mal, deprimido e triste.
À medida que fomos crescendo, os meus problemas também cresceram com o tempo. Para minha sorte, quando eu tinha apenas 75 aninhos de idade e era apenas um adolescente em 1888, fiquei feliz em saber de uma grande invenção na América chamada “canudinho”. Desde então a minha admiração e curiosidade pelas Americas sempre foi muito forte e tenho usado esta invenção maravilhosa desde então para beber sangue todos os dias.
Por centenas de anos, tenho me interado de notícias ao redor do mundo mas sempre tive meus olhos fixados na América, principalmente a América do sul onde recentemente, de uns vinte anos pra cá, encontraram o meu bichinho de estimação e carinhosamente deram o nome de “chupa-cabra”.
Resolvi escrever este texto para contar sobre a minha viagem ao Brasil e como me envolvi com o sistema político deles, acabei virando Vereador, depois prefeito e quase fui presidente. Criaram até um partido que usa vermelho, que é a cor do sangue, em minha homenagem e deram o nome de PT, Partido da Trânsilvania.
A minha história começa numa bela noite de lua cheia, quando eu estava lendo um artigo de uma revista transilvania à respeito de uma reportagem do jornal de São Paulo, cujo título dizia:
“ Brasil: O país comandado por Dráculas”
Como fiquei feliz em ler o artigo. Não sabia que a influência da minha família havia-se extendido a tal ponto. Nós, os Dráculas, no comando de um país? Imediatamente comecei a imaginar as aventuras e lugares que até então eu não conhecia, a família que eu nem sabia que tinha e na importância que tínhamos na sociedade e na responsabilidade de liderar uma nação.
Me imaginei bebendo o sangue de políticos famosos, mordendo o pecoço de atrizes lindas e finalmente mostrando ao lobisomen que a fama dele na indústria do cinema não é assim tão grande coisa como todos acham, quem sabe eu até não arrumo uma namorada como a namorada dele, a gata de botas... uau... ela pára qualquer velório!
Infelizmente, o autor do artigo que li, cometeu um erro ao teclar na máquina de escrever e trocou o “C” pelo “D” no título do artigo. O título do artigo deveria ser “Brasil: o país comandado por Crápulas”, mas a minha impolgação e alegria me vendaram ao fato de que a minha família até então não tinha nenhum histórico de acontecimentos naquela região (apezar do Dentinho).
Imediatamente arrumei as malas e me preparei para voar ao Brasil, pois o vôo da Trânsilvania até Brasilia era longo e apesar de ter aproximadamente apenas dois séculos de vida, eu nunca tinha ouvido falar de um morcego que viajou tal distância.
Pus todos os canudinhos que eu tinha na mala e parei no banco de sangue da cidade pra retirar todas as minhas economias, eu estava radiante como a lua que brilhava intensamente iluminando toda a cidade, terminei de preencher a papelada para enviar o meu caixão pelo mar e fui verificar se o tempo estava bom para vôo.
Adorei o Brasil, sua música típica é de uma harmonia e beleza incontestável e faziam festa aos meus ouvidos, eles chamam este tipo de música “Funk”. A poesia de suas estradas emburacadas e a dificuldade de dirigir com segurança pelas ruas me fizeram pensar: será que este é o paraíso do qual tanto ouvi falar? Talvez ele exista mesmo.
Imediatamente, resolvi fundar um partido político para assegurar que esta forma de vida nunca mude, mas que fique sempre pior, para a alegria de nós, os monstros. Fundei, então, o partido da Trânsilvania (PT), para que monstros e sangue-sugas pudessem ter uma forma de entrada na política brasileira. Foi um sucesso.
Durante o nosso reinado, chupamos muito sangue do povo, invertemos os valores morais mais conservativos e engamos até mesmo os mais céticos para que estivessem sempre nos defendendo.
Devo admitir que fui obrigado a utilizar os meus poderes de hipnóse coletiva para que pensassem que estávamos trabalhando em benefício deles, mas não estavamos não... hahaha.
Devo admitir que fui obrigado a utilizar os meus poderes de hipnóse coletiva para que pensassem que estávamos trabalhando em benefício deles, mas não estavamos não... hahaha.
Foi uma epóca muito divertida e produtiva para nós os monstros e ficamos no poder por mais de 13 anos, consegui até crescer um pouco dos meus sugadores, coisa que não havia conseguido em mais de 200 anos de existência, porém, não eram sugadores reais, comprei um par de sugadores de marfim no mercado negro, afinal, o governo vermelho me deu muito dinheiro.
Entretanto, como tudo que é horrível não dura pra sempre, uma pequena parte do povo começou a se organizar e um pequeno grupo de resistência começou a crescer disparadamente.
Enquanto isso, eu, o Franconstin (descendente da família Frankstein) e o nosso favorito lobsomen gay, Willis, nem demos muita atenção ao fato de que a milicia estava crescendo e ganhando força na sociedade. Estávamos apenas preocupados em deturpar, enganar e mentir; coisas de monstro sabe.
Foi então que descobrimos que o descendente de Van Helsin, Vair Helsonaro, estava liderando a resitência e tentando tomar o poder. Mobilizei todos os monstros e crápulas que pude encontrar, hipnotizei todos que assistiam o canal de televisão mais famoso do país o “Troglo” e começamos a campanha mais hipócrita da história, liderada pelo meu escravo zumbi Igornando Vladaad.
No final, meu caro leitor, tive que voltar a Trânsilvania às pressas, pois o país enlouqueceu e estavam colocando todos os meus capachos na cadeia. Um tal de juíz Touro, condenou o meu zumbi barbudo e grande parte dos meus amigos. A minha namorada, Vilma, que foi uma terrorista de sucesso na década de 60 também caiu nas pesquisas e foi afastada do poder.
Caro leitor, vivemos uma epóca difícil nos dias de hoje e precisei voltar à Trânsilvania para me re-organizar, mas enquanto a bandeira vermelha existir e o poder da minha hipnóse estiver fazendo efeito, ainda teremos uma chance, um novo começo.
Estarei visitando os países mais corruptos da terra, estudando, recrutando e quem sabe um dia voltaremos com mais força e mais poder de destruição, e neste dia, terei os meus sugadores de marfim afiados e prontos para re-estabelecer a desordem, o descaso e os maltratos que apenas nós, os monstros do PT, somos capazes de fazer.
Desejo à todos uma forte mordida no pescoço,
Assinado
Vladimir Vladstock - Conde Trápula Metralha
Texto escrito por Edenilson Lopes de Meira - 23 de Janeiro de 2019