Autor: Edenilson Lopes de Meira
O Velho
_Eu sou professor da vida. Me considero literado na arte da
descoberta, através das experiências presenteadas pelo
tempo e me orgulho dos meus passos marcados pelas
memórias esculpidas no meu peito.
Ofereci as mãos cansadas da labuta para erguer os mais fracos, intimidados pelas forças
dos acontecimentos e pelas inconsequências do destino.
Eu cantei, eu amei, eu fui sonho e desejo. Acompanhei a fúria da história em sua mais
plena ascenção, eu fui o grito de alerta na moldura do passado e a voz da conciência na
solidez do presente, me moldei ao esmo dos meus próprios caprichos.
Fui inspirado e inspirador, fui amigo e inocente, fui o pão e a dor. Não procuro mais
entender o avanço do tempo, não tenho mais muito interesse em aquisições desta
realidade que na verdade só existe em nossas mentes, sou livre pra imaginar o meu
próprio mundo e vivo de encontro à beleza do sol.
O meu peito já não é forte e o que sobrou da memória me é cruel. Desconfio que o
destino está de mal comigo, pois a riqueza que ele me deu eu não consigo compartilhar
com os meus, as minhas histórias e experiências são apenas minhas, fechadas neste
túnel de concreto impenetrável de onde apenas consigo ouvir as vozes de quem amo,
mas não consigo alertá-los ao que está por vir, eles não me ouvem.
Dei à vida o presente da vida e através dela, outras vidas se fizeram e se perpetuarão.
Serão gerações de gerações vindas da minha raiz. Sou feliz por isso, sou completo,
estou em paz. Àqueles que assistem os meus passos cansados saibam que um dia eles
foram fortes, que atravessaram mais do que eu podia imaginar, buscaram mais do que
eu podia ter. Eu aprendi e hoje, sou professor da vida.
Pois da vida que tive são apenas as lições que levo, são os momentos que nunca me
deixaram e palavras que por vezes, jamais se perderão nos oceanos do som.
descoberta, através das experiências presenteadas pelo
tempo e me orgulho dos meus passos marcados pelas
memórias esculpidas no meu peito.
Ofereci as mãos cansadas da labuta para erguer os mais fracos, intimidados pelas forças
dos acontecimentos e pelas inconsequências do destino.
Eu cantei, eu amei, eu fui sonho e desejo. Acompanhei a fúria da história em sua mais
plena ascenção, eu fui o grito de alerta na moldura do passado e a voz da conciência na
solidez do presente, me moldei ao esmo dos meus próprios caprichos.
Fui inspirado e inspirador, fui amigo e inocente, fui o pão e a dor. Não procuro mais
entender o avanço do tempo, não tenho mais muito interesse em aquisições desta
realidade que na verdade só existe em nossas mentes, sou livre pra imaginar o meu
próprio mundo e vivo de encontro à beleza do sol.
O meu peito já não é forte e o que sobrou da memória me é cruel. Desconfio que o
destino está de mal comigo, pois a riqueza que ele me deu eu não consigo compartilhar
com os meus, as minhas histórias e experiências são apenas minhas, fechadas neste
túnel de concreto impenetrável de onde apenas consigo ouvir as vozes de quem amo,
mas não consigo alertá-los ao que está por vir, eles não me ouvem.
Dei à vida o presente da vida e através dela, outras vidas se fizeram e se perpetuarão.
Serão gerações de gerações vindas da minha raiz. Sou feliz por isso, sou completo,
estou em paz. Àqueles que assistem os meus passos cansados saibam que um dia eles
foram fortes, que atravessaram mais do que eu podia imaginar, buscaram mais do que
eu podia ter. Eu aprendi e hoje, sou professor da vida.
Pois da vida que tive são apenas as lições que levo, são os momentos que nunca me
deixaram e palavras que por vezes, jamais se perderão nos oceanos do som.